Um arrepio azedo verticaliza a fertilidade
Amigo de outrora, agora, uma ameaça a virilidade
Nossas casas pintadas do bege da paleta da vergonha
Me escondo no meio da fervorosa multidão
Não existe muros a quem conhece a prosa
Nem existirá prosa aos que extinguem os muros
A garota incapaz, seu futuro nada mais é que parasita
Faculdade da sua própria presente hiperatividade
O repolho da salada lhe agrada apenas ao olhar
Palpita as meras escolhas feitas de couves belas
Passa a mão no seio miraculosamente inocente
Que há de roubar a inocência de inúmeros homens
Tudo que você já considerou mais do que feito
Aqueles que lhe consideram do passado um defeito
Há de ser a força que vence a promiscuidade do acaso
Sulcar ou puíres, venha detonar sua destreza
Verás as escarpas das falésias dos planaltos
Que sejam altos como os arranha céus de São Paulo
O jovem que quer tudo mas não quer nada
Como explicar o porque das coisas inexplicáveis
Morrerás como as cascavéis em peles renovadas
Que renova a casca mas não engana o caráter
Onde será que deixarás a suas velhas casas?
Quem habitará suas usadas desgastadas carcaças?
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