E POR FALAR EM BILAC…
Hoje, so’ de quando em quando menciona-se Bilac…
O tal Olavo, que ouviu a mãe chamar « meu filho ! »
Trom de poema nos ouvidos do menino basbaque
Eco da voz inculta e bela num so' estribilho.
Bilac exalta Camões, e, modesto, nem se da’ conta
De que seus traços precisos transcendem a Trapobana.
Pluma ao feitio de arma : a força humana.
Louco de amor pelo idioma, versos pesponta.
Assinalados no soneto, ternura e saudade
Flor do Lacio à flor da pele, à flor da idade…
Doloroso oceano aflora ambiguidades.
Olavo, como domar lingua com engenho e arte ?
Com qual barco atravessar tão tenebrosa procela ?
Sonho ter poesia, no rude baluarte dela.
JPN
Toulouse, 09/06/2017
|