Aprendi muito sobre a vida lendo, decorrendo o dedo sobre cada linha.
Descobri também que a vida não se baseia só naquilo que a gente vê, a vida também se baseia naquilo que a gente sente.
Lendo um dos meus autores prediletos Jô Soares consegui sentir a imaginação de um homem rico em sabedoria imaginação e criatividade. Lendo Machado de Assis Conheci um pouco sobre a vida dos índios Iracema, Ubirajara e dentre outros personagens que fizeram também parte da minha vida. Alguém um dia me perguntou sobre Augusto Cury eu falei; acho raso plano sem conteúdo mas utópico, ilusório, faz bem, faz respirar um pouco daquelas praças.
Pensando eu bem depois que conheci Walcyr Carrasco descobri o plágio a imitação e que nada realmente se cria.
Lendo Érico Veríssimo percebi que o Rio Grande do Sul realmente não faz parte do Brasil, as pessoas pensam diferente, comem diferente, se vestem diferente e realmente, acho que era para ser tudo diferente, em alguns textos consegui sentir o calor do chimarrão ou o cheiro do esterco das vacas.
Shakespeare me ensinou o que é o amor corrido nas veias, ardente, louco, pouco sano lindo e sombrio, escuro e claro, do tipo que te leva as escuridões mas ao mesmo tempo te dar à luz.
Paulo Leminski vi sofrer de feliz ou ser feliz por sofrer, decorrendo em suas linhas e entre linhas a sua vida, Só espero que ele não tenha lido tanto Walcyr Carrasco quanto eu.
Deleuze me fez olhar para dentro de mim e conhecer ou querer me conhecer melhor sabendo quem sou eu mas, também mostrando que quem sou eu não é um rótulo e que nada é para sempre que eu posso mudar todo dia, e todo e dia me reinventar.
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