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Um dia para lembrar, 12 de junho
Um lugar... Um dia qualquer do verão em São Luís, quando os ventos sopram forte rumo ao norte e as variações das marés costumam enganar ao mais experiente navegante. As folhas caem, as chuvas escasseiam, mas, as flores não deixam de nascer. Sobre a terra seca, montes e vales, sobre os telhados de muitos séculos e até nos corações mais estéreis, em busca de um amigo, um amor ou amante que se lhes acompanhe rumo ao portal da felicidade...
Somos todos arquitetos. Elaboramos plantas, calculamos áreas e dimensões, planejamos, construímos edifícios, pontes e até grandes construções, porém, no fim nos contentamos com uma casinha simples, com moveis rústicos, à beira do campo, do lago, da praia ou nas encostas. Com toda a simplicidade que a vida traduz, mas com uma única diferença. A de não estar sozinho, mas com aquela companhia que sempre sonhamos... Não há nada nesse horizonte da vida que não nos leve a querer ter alguém. Pisar na terra fria de há pouco chovida, teu cheiro, o perfume forte como se estivesses presente e ainda fizesses parte desse mundo. Até o odor do cigarro que fumavas e as roupas que tanto gostavas. Lembras ainda do anel que eu te dei quando começamos a namorar? Não esqueci nenhum detalhe de tudo o que aconteceu entre nós, nada. E fostes tão nova e inexplicavelmente, mas eu ainda lembro o nosso dia dos namorados inesquecível, e já passaram tanto tempo, mas, continuo esperando um amor assim, igual e, talvez onde estejas te perguntes em tom perfunctório se há algo igual? Enquanto eu divago em pensamentos ante os bivaques noturnos e a sistemática injustiça do destino, pudesse roubar de duas vidas que quase chegaram a ser só uma... Mas, o tempo passou e amanhã, mais um dia dos namorados ao sabor de lembranças de um tempo que quem sabe, até fomos felizes...
Airton Gondim Feitosa
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