Eram oo.oo horas,um ruído estalou, no meio da multidão sagaz e mesquinha,tolerante e fria!
Um tiro que ecoou em toda a cidade e o silêncio doentio de quem jaz, sobre a estrada fria,como o palpitar do seu sangue rubro em suas veias.
Alguém findou,homem ou mulher que importa, o que sobra desse vulto inerte sobre a calçada, é a transparência do sofrimento que marca as rugas de sua cara ,que causa dor nos demais!
De quem tão cruelmente,com razão ou sem ela, se deliciou pro furando o corpo que já não sente, só nos resta o eco dos passos apressados de quem foge;e que deixa em sua sombra o terror e o pasmo,o mistério e a solidão!
Quem são,quem eram,o que importa? O que lastima é que existe quem mate e quem morra e que continuam abandonados para sempre,numa rua como aquela em que o sangue inunda a calçada!...
|