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Cantigas de roda tradicionais: nocivas ou inofensivas?
Maurício Apolinário

Resumo:
Muito se tem criticado as cantigas folclóricas do universo infantil brasileiro. Há dois grupos em embate: um que as defende, que não vê nenhum mal em tais “cirandas”, e outro que contrário às suas letras.

Muito se tem criticado as cantigas folclóricas do universo infantil brasileiro, como “Atirei o pau no gato”, “O cravo brigou com a rosa”. Daí gera um embate interminável entre os que as defendem, que não vêem nenhum mal em tais “cirandas”, e os que são contrários às suas letras.
     O primeiro grupo alega alegando que elas, aparentemente inofensivas, estimulam a violência e a agressividade nas crianças. Ente eles, além de pais e especialistas, encontram-se os defensores dos animais. Segundo eles, as letras de tais canções no exterior são “menos nocivas”, apregoando que “o brasileiro teria auto-estima baixa em decorrência de traumas provocados pelas músicas infantis”.
     O segundo grupo defende, dizendo que, como elas fazem parte do patrimônio cultural brasileiro, deve-se levar em consideração os aspectos históricos, a cultura e os valores culturais, e que tais cantigas; afirmam que elas estimulam a fantasia e a imaginação, e, portanto, seu sentido original deve ser preservado de geração em geração.
     Sem querer ser contra ou a favor, pretendo aqui fazer apenas alguns questionamentos. O segmento contrário ao conteúdo dessas antigas cantigas – entre eles pais, educadores e especialistas - toma o mesmo posicionamento:
     1º) diante das novelas da Rede Globo e dos desenhos japoneses?
           2º) diante de filmes de ação disponíveis tanto na televisão quanto nas locadoras?
     3º) diante de programas sensacionalistas que a TV exibe?
     4º) diante de letras de músicas do aché, do funk e de tantos outros gêneros, que trazem denominações “pejorativas” e erotização da dança?
     5º) diante de literatura como a coleção “Harry Potter”?
     6º) diante do videogame normalmente utilizado pelas crianças e adolescentes?
     Provavelmente, esse mesmo grupo que tanto ataca as cantigas de roda do folclore brasileiro não tem atentado para isso. Para essas pessoas, toda a programação da Globo é maravilhosa; para elas, não há nada de mal em seus filhos cantarem e dançarem determinados tipos musicais. Não estou aqui para defender esse ou aquele grupo, tomar partido de coisa alguma. Quero apenas que se faça uma reflexão sobre os seis pontos supracitados.

* Prof. Maurício Apolinário
   é autor do livro “A arte da guerra para professores”


Biografia:
Maurício Apolinário é casado, pós-graduado em Gestão de Pessoas e em História do Brasil, e licenciado em Letras. Escritor, tem publicados os livros: "A Arte da Guerra para Professores" (Pedagogia); “Bolinha, Meu Coelho” (romance infantil, com o qual deu início à sua carreira literária aos 11 anos de idade);“Um Prato de Comida” (constos) e "A Verdadeira Luz" (ensaio). Iniciou-se no magistério em 1979, tendo atuado na rede estadual em Goiás e na rede particular de ensino em Brasília, lecionando Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Atua desde 2004 como Analista de Projetos da área pedagógica no Ministério da Educação. É palestrante, conferencista e consultor educacional.
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