À quina do Geraldo
Na Praça dos Poetas
Situa-se a igreja de Santo Antão!
A fonte e as arcadas
As calçadas tortuosas
Tudo cheira a solidão ...
E há pombos nos beirais
Que voam de mão em mão,
Há esplanadas soluçantes
Que dão assento por ali,
Ao corpo, ao coração,
Ao cansaço dos passantes ...
E cai o Sol sobre a Igreja!
Entardecer meigo e doce
Nesta terra de suavidade ...
E ninguém leva o que trouxe
Pois na Praça da cidade
Nada é como se fosse!
E seja sonho ou realidade
Há magia ao luar
Quando desce a luz da Lua
E passe sempre quem passar
Sentirá quanta saudade
Há nas pedras pela rua.
É que aqui parou o tempo!
Cada rua é um deserto
Cada canto uma demora
E o desejo é imenso
Pois quem tem Évora tão perto
Nunca mais quer ir embora.
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