Évora cheira a solidão,
Frágil, doce como um punhal
Que nos enche o coração
De pó e cinza, cinza e sal.
Pó e cinza, cinza e nada
À deriva plas vielas
Évora triste, amargurada
Na sacada das janelas.
E um suspiro em plena praça,
Das entranhas da cidade,
Páira do Geraldo à igreja da Graça.
Que de graça nos enlaça
No rescaldo das Idades,
Évora de Sal, eterna nos abraça.
|