Ante a fonte da velha Praça
Correm tristes minhas mágoas
D'olhos doces, tal a graça,
Correm livres suas águas.
Águas velhas, velhas águas
Que escorrem tantas culpas
Fonte velha, velha fonte
Que palpitas, que soluças.
Que soluças um penar
No bater das tuas águas
Nesta dor de quem talhar
Sua dor como uma tábua.
E aqui estamos na penumbra
Cada um com suas águas
Eu chorando por amor
Tu chorando velhas mágoas.
P.S./ De madrugada, sentado diante da fonte da Praça do Geraldo em Évora.
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