Évora poética!
Donzela cristã que outrora foi moira.
Mãe, senhora de mil encantos,
mil suspiros ... Aia pagã!
Embrenhada à solidão d'um novo tempo,
susurra pelos cantos a ausência d'um amor ...
Na calada da noite,
busca aquele que se perdera entre
Ciprestes!
Sepultado em coração incógnito,
vagueando por aí, ao Deus dará!
Ó Évora encantada!
Évora sanguínea que minhas veias percorres!
Assim te canto em meus versos!
Assim te faço imortal!
Assim te toca a minh'Alma!
E ao te passar pela penumbra
no rescaldo das Idades ... sinto-te ainda,
em cada madrugada, menina e moça
de boca sinuosa, Florbela Espanca!
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