Quando pensei que teria um sábado sossegado, lá vem ela me dizer o que vamos fazer, como há de ser feito e, nem se quer ousou a perguntar qual minha opinião.
Mais uma vez me sinto de lado, jogado ao escanteio da vida amorosa, mais uma vez nas margens de uma relação no mínimo diferente. Ela soube faze-se chefe da situação, colocando-me em obrigação e não me deu escolha.
Acuado e sem assunto, tenho certeza que será assim. Mal posso imaginar aquele cabelo juboso sedoso, aquele queixo delicado fino, certeza que virá com calças provocantes, olhos radiantes que se cruzaram com os meus devoradores. Aguardo ansioso o momento da despedida para que eu possa me ver privilegiado, castigado e ferido pela saudade e a vontade de provar o sabor dos seus lábios
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