Culpacídio |
Gabriel de Oliveira Amaral |
Era final de mais um ano deprimente
O final de uma vida sem proveitos
O homem sem amor acordou reluzente
Caminhou cinquenta passos estreitos
Tomou seu café amargo
Viu seu relógio e caminhou galopante ao carro
Todo sujo,desarrumado
Infeliz e desalojado
Foi encontrar atrasado
Seu medo tão frequentemente pesado
Pelo vidro viu pessoas e memórias
Chorou e sorriu suas histórias
Tão amargas como sua saudade
Se viu de novo no trânsito parado
Olhando fotos do passado
Dentro daquele carro
Onde fez evaporar sua felicidade
Culpa seu rosto no espelho em parte
Pela morte dos tão queridos
Família, amigos
E não se vê mais vivendo
Como nos tempos antigos
Rosto vermelho, adrenalina em chamas
Ouviram seu berro
Ouviram seus atritos
Voou distante pela ponte cheia
Até a tragédia por lugar ao seus gritos
|
Biografia: Menino simples mas um homem complicado. |
Número de vezes que este texto foi lido: 59423 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 6 de um total de 6.
|