“Nessas horas é que é preciso manter a calma”, dizia Claire, a mais experiente. “Apenas ande, não corra. Você está em Paris, afinal. Se misture à multidão”. Jo e Didi (a única francesa no meio das duas americanas) achavam espantoso a frieza da líder, mesmo quando se tratando de assassinato à sangue frio. Eram apenas negócios.
Tudo já estava acertado com o empregador: o dinheiro estaria com um de seus subordinados, na Torre Eiffel. Clichè. Mas você sabe, né? Mafiosos gostam de dar dramaticidade às coisas.
Agora, tudo o que precisavam era dar conta do alvo.
O trabalho ficou à cargo da novata, Jo. A bela e, ainda, ingênua jovem de rosto engraçado. “Nessas horas é que é preciso manter a calma. Apenas ande, não corra”, lembrou ela das palavras da mentora. Rápida e certeira, cravou um tiro na testa do pobre homem que, na praça, lia seu jornal de segunda-feira. Quem ganhou o jogo? Jamais soube da resposta.
“Apenas ande, não corra”... “corra, Jo, corra”, pensou a jovem, desesperada, após efetuar seu primeiro e últim... BLAM!
- Amadora...
Claire andou, não correu. Melhor trabalhar sozinha.
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