Corri escrever antes que me suma os pensamentos e as ideias, corri como se fosee para os braços de uma amante, tão empolgante e atraente, convincente com seu amor que nunca dorme. Passiva ou não, cá estou em frente a teclado e letras, entre pensamentos e devaneios.
Procuro algo em mim mesmo que já não sei de certo o que seja, talvez nunca soube, nem perto cheguei de meus mais loucos pensamentos, foram como amigos distantes que nunca tive, foram madrugadas que nunca vivi.
Os pensamentos não adormecem até que eu os descreva e os intercale com o raciocínio datilográfico das modernas maquinas de um hoje bem distante da raiz.
Pude notar que quando demoro muito ou quando algo me interrompe mudo o destino e o foco de meus pensamentos.
A busca por um pensamento perdido pode ser enlouquecedor e incapaz de descrever, ainda mais buscando por algo que queríamos tanto poder delicadamente ou não digita-los ou suavemente deslizar na ponta de um caneta esferográfica, em um papel virgem e puro assim como a alma alva.
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Pausadamente tento esclarecer as coisas, mas ansiosamente ela me busca, me procura pela escuridão, na garagem estou sem meus cigarros e sem o brilho ofuscante da tela do meu smart fone, mas o brilho da tela do microcomputador chama a atenção e fui descoberto.
Hora de fazer o papel do marido que janta junto. Prato de hoje é pasteis e sua receita favorita eu creio. Mas também creio que ela não sabe qual é a minha;
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