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Autismo
Transtorno do espectro autista
MARILENE BOLZAN

Resumo:
O pertinente assunto Autismo, ainda é pouco conhecido por profissionais da área da educação, bem como, por demais profissionais que tem a responsabilidade de lidar com o transtorno. Porém, é realidade e por lei é obrigação estes alunos serem bem acolhidos com o melhor atendimento, sem distinção. Hoje a demanda é bem mais frequente de autistas, um tema que vem sendo discutido com maior frequência, mas com certas dúvidas de como se deve realizar a educação deste aluno. Mudanças são necessárias dentro da da família e da escola diante deste cenário. Assim, será possível identificar como a escola e a família trabalhando juntas são fundamentais para o desenvolvimento e superação de obstáculos através de um atendimento adequado e especializado. O ensino para tanto precisa ser flexível e estruturado de modo a oferecer ao aluno a possibilidade de desenvolvimento e autonomia.

AUTISMO
Atualmente, o Brasil vive uma fase de reestruturação e adaptação das leis de inclusão nas instituições de ensino, seja na rede pública ou na rede particular. As escolas vêm buscando alternativas para viabilizar as crianças inclusas, o que lhe é garantido por direito. Da mesma forma, a prática pedagógica está sendo reestruturada através de melhorias na estrutura escolar, aquisição de material didático adequado e garantia de um bom atendimento com profissionais capacitados.
Incluir é inserir, sem distinção, todas as crianças e adolescentes com variados graus de comprometimento social e cognitivo em ambientes escolares tradicionais. O objetivo é, portanto, diminuir o preconceito e proporcionar a socialização das pessoas com desenvolvimento atípico para que desfrutem dos espaços e ambientes comunitários e tenham uma vida com mais autonomia.
Porém, o professor que se depara com diversos alunos especiais na mesma classe, este tem o dever de auxiliá-los na busca do conhecimento num ambiente onde já está estabelecida uma metodologia de ensino específica, criada para um padrão de aluno. Assim, a troca de experiências entre professores e família começa um novo cenário com tentativas, por vezes frustradas, mas na ânsia de progressos que podem se apresentar lentamente sanando suas próprias dificuldades a fim de supri-las frente a este desafio.
O autismo, tema do estudo, pode ser encontrado em todo o mundo e em qualquer configuração étnica e racial. Quanto antes ocorrer a descoberta dos sintomas e diagnóstico, os mesmos serão minimizados e a superação de muitos deles, poderá acarretar à criança autista uma vida tranquila e independente.
Pretende-se alertar a comunidade escolar e reconhecer como a prática pedagógica reestruturada pode possibilitar a superação dos obstáculos comportamentais e cognitivos.
Características do autismo

O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento cognitivo É algo que faz parte da constituição do indivíduo e afeta a sua evolução. Segundo Fernandes (1965, p.143) “o autismo é definido como estado mental patológico, em que individuo tende a encerrar-se em si mesmo alheando-se ao mundo exterior.”
Caracteriza-se, assim, por alterações na interação social, na comunicação e no comportamento. Normalmente manifesta-se antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta.

[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como um grupo de alterações, caracterizadas por alterações qualitativas da interação social e modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e atividades restrito e estereotipado. Essas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do indivíduo. (TAMANAHA, PERISSINOTO E CHIARI, 2008, p.4):

Segundo a descrição do autor, percebem-se bem estas atitudes estereotipadas em L., fala robotizado, interesse restrito, falta de interação social e necessidade de rotina constante para não perder o foco.
Conforme Varella (2011) o diagnóstico do autismo, nem sempre é fácil de ser conseguido, é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade.
                             Tipos e Incidência do Autismo
     
De acordo com o quadro clínico, segundo Varella (2011) o Transtorno de Espectro Autista (TEA) pode ser classificado em:
Autismo clássico – o grau de comprometimento pode variar muito. De maneira geral, os portadores são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante.
Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome de Asperger) – os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que chegam a ser confundidos com gênios, porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal.
Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE) – os portadores são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.
Até pouco tempo atrás, o autismo era considerado uma condição rara, que atingia uma em cada duas mil crianças. Hoje, as pesquisas mostram que uma em cada cem crianças é portadora do espectro, que afeta mais os meninos do que as meninas. Em geral, o transtorno se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias.
As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.
As pessoas com TEA podem se destacar em habilidades visuais, música, caso do aluno L. em estudo, adora música e seus instrumentos, artes e inglês.

                                      Legislação sobre Inclusão

Existem, no Brasil, algumas políticas públicas que visam favorecer o atendimento ao autista como a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Esta consolida as normas de proteção, e dão outras providencias juntamente com o Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999.

Art. 1º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência (BRASIL, 1999).

Segundo o Fórum Universo Autista (2008), a maioria dos projetos e leis que resguardam o direito e a dignidade do autista é de iniciativa civil, ou seja, as próprias famílias e os envolvidos mais próximos procuram lutar por tais direitos.
A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado, prestada independente de contribuição, sendo prevista na Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS – Lei 8.742/93).
De acordo com Pinho (2009):

Cabe ressaltar que o modelo de formação em educação especial adotado pela maior parte de instituições de Ensino Superior por mais de 30 anos tem sofrido ataques, pois já não satisfaz demandas da política educacional para atender a alunos com necessidades educacionais especiais (p.288).

Além disso, enquanto crianças e adolescentes também possuem todos os direitos previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8069/90) e quando idosos, ou seja, maiores de 60 anos, têm os direitos do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003).
Conforme o art. 54 do ECA, é obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino, já que toda a criança e adolescente têm direito à educação para garantir seu pleno desenvolvimento como pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho.
Isto tudo, ajuda a garantir o atendimento das necessidades básicas dos indivíduos e suas famílias, permitindo que estes tenham seus direitos assegurados no que diz respeito ao acolhimento, renda, convivência familiar e comunitária, desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social e sobrevivência a riscos circunstanciais.
A Educação inclusiva deve garantir a possibilidade do aluno com deficiência ser integrado ao ensino regular, mesmo aqueles com deficiências ou transtornos de comportamento, de preferência sem defasagem idade/série. A principal importância é considerar as características de cada criança, garantindo o convívio entre crianças e adolescentes com e sem deficiência, com aprendizado do respeito e da tolerância às diferenças.
Mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação dos professores e nas relações família-escola devem ser uma constante, apoio do poder público em promover desde transporte especializado, materiais, formações e outros que garantam o progresso na formação da cidadania.
Sabemos que é árdua esta tarefa de trabalhar com diversas necessidades especiais, por vezes na mesma turma, e que se faz necessário esforço do professor, apoio e investimento das autoridades competente, como metodologias, transporte adequado, sala de recursos, formações continuadas, materiais didáticos.
Com isto teremos um sistema educacional onde todos os portadores de necessidades especiais serão incluídos nas classes regulares de ensino e possam ser atendidos com os recursos necessários para que haja desenvolvimento pleno de suas potencialidades.
Cunha (2012, p. 100), reforça que “não podemos educar sem atentarmos para o aluno na sua individualidade, no seu papel social na conquista da sua autonomia”.
Nosso papel enquanto educadores é ajudá-los a ser o mais independente possível, não somente para sua sobrevivência, mas porque nossa sociedade cada vez mais competitiva exige desenvolvimento subjetivo.
A sintonia do professor com a criança, por vezes, está presente na sua atuação, o que possibilita compreendê-la. O carinho e afeto demonstrados pelo educador e cuidador para com a criança permite que ocorra um relacionamento mais humanizado, que volta sua atuação para o desenvolvimento social da criança.
Nosso papel enquanto educadores é ajudá-los a serem o mais independente possível, não somente para sua sobrevivência, mas porque nossa sociedade cada vez mais competitiva exige este desenvolvimento. Somente desta forma teremos um sistema educacional onde todos os portadores de necessidades especiais serão incluídos nas classes regulares de ensino e possam ser atendidos com os recursos necessários para obterem sucesso e tornarem-se adultos o mais independente possível.

Referências Bibliográficas
ASSUMPÇÃO, Francisco B.; PIMENTEL, Ana Cristina M. Autismo infantil. Ver. Brás. Psiquiar, 2000. Disponível em:< www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3795.pdf>. Acesso em: 11/04/2016.
BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm> Acesso em:14 maio. 2016.
BRASIL. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 04, de 02 de outubro de 2009. Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica – Modalidade Educação Especial. Diário Oficial da União Brasília, nº190, 05 de outubro de 2009.
BAPTISTA, Cláudio Roberto; BOSA Cleonice; e colaboradores. Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre, Artmed, 2002.
BOSA, Cleonice; CALLIAS, Maria. Autismo: breve revisão de diferentes abordagens. Psicol. Reflex. Crit. V. 13 n. 1 Porto Alegre, 2000.Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010279722000000100017&script=sci_abstract&tlng=p t> Acesso em:09/03/2016.
CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012.
Disponível em http://drauziovarella.com.br/crianca-2/tea-transtorno-do-espectro-autista-ii/ Acesso em: 09/03/2016.



Biografia:
AUTISMO Atualmente, o Brasil vive uma fase de reestruturação e adaptação das leis de inclusão nas instituições de ensino, seja na rede pública ou na rede particular. As escolas vêm buscando alternativas para viabilizar as crianças inclusas, o que lhe é garantido por direito. Da mesma forma, a prática pedagógica está sendo reestruturada através de melhorias na estrutura escolar, aquisição de material didático adequado e garantia de um bom atendimento com profissionais capacitados. Incluir é inserir, sem distinção, todas as crianças e adolescentes com variados graus de comprometimento social e cognitivo em ambientes escolares tradicionais. O objetivo é, portanto, diminuir o preconceito e proporcionar a socialização das pessoas com desenvolvimento atípico para que desfrutem dos espaços e ambientes comunitários e tenham uma vida com mais autonomia. Porém, o professor que se depara com diversos alunos especiais na mesma classe, este tem o dever de auxiliá-los na busca do conhecimento num ambiente onde já está estabelecida uma metodologia de ensino específica, criada para um padrão de aluno. Assim, a troca de experiências entre professores e família começa um novo cenário com tentativas, por vezes frustradas, mas na ânsia de progressos que podem se apresentar lentamente sanando suas próprias dificuldades a fim de supri-las frente a este desafio. O autismo, tema do estudo, pode ser encontrado em todo o mundo e em qualquer configuração étnica e racial. Quanto antes ocorrer a descoberta dos sintomas e diagnóstico, os mesmos serão minimizados e a superação de muitos deles, poderá acarretar à criança autista uma vida tranquila e independente. Pretende-se alertar a comunidade escolar e reconhecer como a prática pedagógica reestruturada pode possibilitar a superação dos obstáculos comportamentais e cognitivos. Características do autismo O autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento cognitivo É algo que faz parte da constituição do indivíduo e afeta a sua evolução. Segundo Fernandes (1965, p.143) “o autismo é definido como estado mental patológico, em que individuo tende a encerrar-se em si mesmo alheando-se ao mundo exterior.” Caracteriza-se, assim, por alterações na interação social, na comunicação e no comportamento. Normalmente manifesta-se antes dos três anos de idade e persiste durante a vida adulta. [...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento foram classificados como um grupo de alterações, caracterizadas por alterações qualitativas da interação social e modalidades de comunicação, e por um repertório de interesses e atividades restrito e estereotipado. Essas anomalias qualitativas constituem uma característica global do funcionamento do indivíduo. (TAMANAHA, PERISSINOTO E CHIARI, 2008, p.4): Segundo a descrição do autor, percebem-se bem estas atitudes estereotipadas em L., fala robotizado, interesse restrito, falta de interação social e necessidade de rotina constante para não perder o foco. Conforme Varella (2011) o diagnóstico do autismo, nem sempre é fácil de ser conseguido, é clínico, feito através de observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade, sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. Tipos e Incidência do Autismo De acordo com o quadro clínico, segundo Varella (2011) o Transtorno de Espectro Autista (TEA) pode ser classificado em: Autismo clássico – o grau de comprometimento pode variar muito. De maneira geral, os portadores são voltados para si mesmos, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar, mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante. Autismo de alto desempenho (antes chamado de síndrome de Asperger) – os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que chegam a ser confundidos com gênios, porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal. Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE) – os portadores são considerados dentro do espectro do autismo (dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil. Até pouco tempo atrás, o autismo era considerado uma condição rara, que atingia uma em cada duas mil crianças. Hoje, as pesquisas mostram que uma em cada cem crianças é portadora do espectro, que afeta mais os meninos do que as meninas. Em geral, o transtorno se instala nos três primeiros anos de vida, quando os neurônios que coordenam a comunicação e os relacionamentos sociais deixam de formar as conexões necessárias. As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade. As pessoas com TEA podem se destacar em habilidades visuais, música, caso do aluno L. em estudo, adora música e seus instrumentos, artes e inglês. Legislação sobre Inclusão Existem, no Brasil, algumas políticas públicas que visam favorecer o atendimento ao autista como a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Esta consolida as normas de proteção, e dão outras providencias juntamente com o Decreto Nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Art. 1º A Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência compreende o conjunto de orientações normativas que objetivam assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiência (BRASIL, 1999). Segundo o Fórum Universo Autista (2008), a maioria dos projetos e leis que resguardam o direito e a dignidade do autista é de iniciativa civil, ou seja, as próprias famílias e os envolvidos mais próximos procuram lutar por tais direitos. A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado, prestada independente de contribuição, sendo prevista na Constituição Federal de 1988 e regulamentada pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS – Lei 8.742/93). De acordo com Pinho (2009): Cabe ressaltar que o modelo de formação em educação especial adotado pela maior parte de instituições de Ensino Superior por mais de 30 anos tem sofrido ataques, pois já não satisfaz demandas da política educacional para atender a alunos com necessidades educacionais especiais (p.288). Além disso, enquanto crianças e adolescentes também possuem todos os direitos previstos no Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8069/90) e quando idosos, ou seja, maiores de 60 anos, têm os direitos do Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003). Conforme o art. 54 do ECA, é obrigação do Estado garantir atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino, já que toda a criança e adolescente têm direito à educação para garantir seu pleno desenvolvimento como pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Isto tudo, ajuda a garantir o atendimento das necessidades básicas dos indivíduos e suas famílias, permitindo que estes tenham seus direitos assegurados no que diz respeito ao acolhimento, renda, convivência familiar e comunitária, desenvolvimento da autonomia individual, familiar e social e sobrevivência a riscos circunstanciais. A Educação inclusiva deve garantir a possibilidade do aluno com deficiência ser integrado ao ensino regular, mesmo aqueles com deficiências ou transtornos de comportamento, de preferência sem defasagem idade/série. A principal importância é considerar as características de cada criança, garantindo o convívio entre crianças e adolescentes com e sem deficiência, com aprendizado do respeito e da tolerância às diferenças. Mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação dos professores e nas relações família-escola devem ser uma constante, apoio do poder público em promover desde transporte especializado, materiais, formações e outros que garantam o progresso na formação da cidadania. Sabemos que é árdua esta tarefa de trabalhar com diversas necessidades especiais, por vezes na mesma turma, e que se faz necessário esforço do professor, apoio e investimento das autoridades competente, como metodologias, transporte adequado, sala de recursos, formações continuadas, materiais didáticos. Com isto teremos um sistema educacional onde todos os portadores de necessidades especiais serão incluídos nas classes regulares de ensino e possam ser atendidos com os recursos necessários para que haja desenvolvimento pleno de suas potencialidades. Cunha (2012, p. 100), reforça que “não podemos educar sem atentarmos para o aluno na sua individualidade, no seu papel social na conquista da sua autonomia”. Nosso papel enquanto educadores é ajudá-los a ser o mais independente possível, não somente para sua sobrevivência, mas porque nossa sociedade cada vez mais competitiva exige desenvolvimento subjetivo. A sintonia do professor com a criança, por vezes, está presente na sua atuação, o que possibilita compreendê-la. O carinho e afeto demonstrados pelo educador e cuidador para com a criança permite que ocorra um relacionamento mais humanizado, que volta sua atuação para o desenvolvimento social da criança. Nosso papel enquanto educadores é ajudá-los a serem o mais independente possível, não somente para sua sobrevivência, mas porque nossa sociedade cada vez mais competitiva exige este desenvolvimento. Somente desta forma teremos um sistema educacional onde todos os portadores de necessidades especiais serão incluídos nas classes regulares de ensino e possam ser atendidos com os recursos necessários para obterem sucesso e tornarem-se adultos o mais independente possível. Referências Bibliográficas ASSUMPÇÃO, Francisco B.; PIMENTEL, Ana Cristina M. Autismo infantil. Ver. Brás. Psiquiar, 2000. Disponível em:< www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3795.pdf>. Acesso em: 11/04/2016. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm> Acesso em:14 maio. 2016. BRASIL. Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 04, de 02 de outubro de 2009. Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica – Modalidade Educação Especial. Diário Oficial da União Brasília, nº190, 05 de outubro de 2009. BAPTISTA, Cláudio Roberto; BOSA Cleonice; e colaboradores. Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre, Artmed, 2002. BOSA, Cleonice; CALLIAS, Maria. Autismo: breve revisão de diferentes abordagens. Psicol. Reflex. Crit. V. 13 n. 1 Porto Alegre, 2000.Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010279722000000100017&script=sci_abstract&tlng=p t> Acesso em:09/03/2016. CUNHA, E. Autismo e inclusão: psicopedagogia e práticas educativas na escola e na família. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2012. Disponível em http://drauziovarella.com.br/crianca-2/tea-transtorno-do-espectro-autista-ii/ Acesso em: 09/03/2016.
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