Canto
porque a voz escapou do pranto
e deu de mergulhar no rio da vida,
no entanto,
porque a voz escapou de sob o manto
e deu de suspirar como fosse estrela guia,
no mar lanço
essa melodia...
Que busco a ilha dos amaldiçoados,
aquela em que são pranteados
os que nascem sem ovários,
só com sonhos solitários,
sem pesadelos diários...
Assim,
feito farpa que faz doer de chorar,
só, na tábua, entabulo uma conversa com o luar...
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