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VÁRZEAS
marilia betarello

Teu pranto eu vejo pendurado em meus umbrais,
que saem em lastimas caminhando com castiçais .
Na noviça presente que só abre a um amador,
sentes em profundos prantos aquele imenso pudor

Passa-se então aqui a névoa escura,
embaixo há um cavaleiro sombrio onde não se encontra ternura,
possuía-lhe armas escudos e damas
cujo este misero homem não se importava com as chamas

pelos profundos progressos que há no caminho
cobriu-se então com uma manta de linho.
mas morreu de horror
sem grito nem sangue nem dor.

Sofreu calado deitado nas várzeas gramadas,
moças correndo todas enfadadas,
pelo suspiro de amargura
oh céus que morte insegura!


Este texto é administrado por: Marilia Betarello Ramalho
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