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Nunca pensei que morte fosse liberdade,
nem para partir para um suposto Paraíso,
nem para encontrar, enfim, a verdade,
ou refestelar-se em eterno juízo...
Pensei, sim, a morte, como possuidora definitiva
das unidades motoras do que faz o corpo se mover,
aquela que come como se só se alimentasse de vida,
sem requisitar, comprar, arrematar, querer...
Antes pensada como visita indesejada,
agora tão perto chega da flor que arranco
como se só ela pudesse dar a última palavra...
Fosse a pele de fora da vida que pulsa,
pensaria ser a face que nos observa, oculta,
como se depois de toda chupada, sumisse a bala...
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