A redação que está lendo consiste numa análise de dois textos que abordam um tema comum: o jornalismo. Porém o primeiro aborda com mais força o jornalismo de hoje enquanto o segundo ressalta o jornalismo de antigamente. Falarei de cada um deles de maneira profunda como pude interpretar e finalizarei com uma comparação dos dois.
O primeiro texto foi escrito por Gerson Luis Martins com o título “O que é o jornalismo hoje?” . Muitos dizem que o jornalismo pode ser feito por qualquer um, devido às formas imediatistas de se transmitir uma informação. Porém o curso superior da a oportunidade de se tornar um profissional capaz de produzir uma informação, de forma que ela chegue de maneira clara e totalmente fiel, dando ao jornalista a credibilidade tanto almejada. Nas redes sociais o que vemos é transmissão de informação, e não produção. Por isso, não é jornalismo.
Atualmente o jornalismo é acompanhado de perto pelos aparelhos modernos, substituindo o velho papel e caneta. Somando isso à precária formação nos ensinos fundamentais e médio, tem-se uma geração de jornalistas que cometem gafes na língua portuguesa.
Parece que o interesse hoje é difundir a informação que favorece o jornal que produz a noticia, e não a noticia em si. Atualizar o povo quanto a situação do país ficou para segundo plano, sendo que muitas delas podem ser manipuladas .
O segundo texto, que é a reprodução da fala de Gabriel García Marquez durante a 52ª Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa, sob o título de “O melhor ofício do mundo”, trata de forma vertiginosa o jornalismo.
No jornalismo de antigamente, vida privada e ofício se fundiam, pois o amor à profissão fazia dela a vida de cada integrante do jornal. Um clima de corpo tomava conta, sendo que cada membro era essencial ao funcionamento deste.
O jornalismo era algo que vinha do sangue, algo passional! A construção da cultura para melhor desenvolvimento do ofício se dava em campo. O imediatismo não era a prioridade, mas sim a maneira como a informação era veiculada.
Tão importante quanto dar a notícia, era agregar os momentos vividos ao cotidiano, dando uma gama a mais de relevância à vida do jornalista.
A velocidade com que se desenvolveram os veículos para a informação fez com que os profissionais do ofício se tornassem maquinas junto com seus instrumentos. Não há mais um corpo em si, mas sim varias células vagando solitárias buscando um fim nem sempre comum e que se completa. O imediatismo e a pressão tiram toda a vida da matéria. Os leitores não mais enxergam os fatos com clareza através das letras.
Aquele tempo de contemplar uma história, analisar os fatos e transcrever de modo a tocar o leitor, se foi. As vezes o trabalho árduo dos apaixonados jornalistas não são devidamente aproveitados, sendo que o espaço nos jornais e revistas esta cada vez mais restrito.
O jornal passou a ser usado também como uma arma, podendo disseminar notícias falsas de maneira proposital ou não. Denunciantes anônimos, escutas telefônicas das quais só se tem noticias de maneira oral e de fontes que não se identificam são cada vez mais comuns. Palavras ditas com intenções diferentes as vezes podem ser usadas para manipulação.
Nos dois textos vemos um alerta quanto ao nível de português dos recém-formados nas universidades e quanto à falta de total veracidade dos fatos redigidos. O professor Gerson exalta a importância do Ensino Superior para dar alternativas e estratégias que podem ser usadas pelos futuros jornalistas, descartando a idéia de que se formar no curso seja obsoleto. Já Gabriel afirma que, apesar de o ensino dado nas universidades serem importantes, não apertam a tecla certa no coração dos jornalistas, provocando uma robotização dos usuários do oficio. Não devido ao ensino, mas na ausência de exaltar o amor pelo oficio, dando lugar à inserção dos profissionais com o novo ritmo do “jogo”.
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