Rotina
No silêncio daquela noite, os pensamentos eram a minha lâmpada, e eu que até então indiferente a quase tudo, me encontrei com uma inquietação incomum, nunca questionei, aquilo que agora, era completamente inacreditável, nunca busquei, aquilo que agora, era de máxima importância, nunca tinha me dado conta, que nunca fiz nada que realmente justificasse o esforço.
Decidi mudar, mas lembrei que teria que acordar as seis horas da manhã do dia seguinte, ir para o trabalho, faculdade, e assim sucessivamente até o fim da semana, de modo que os pensamentos revolucionários que tomavam conta do meu cérebro, deram lugar a linhas de programação que deveriam ser cumpridas indefinidamente até que algo desligasse o sistema. Adormeci.
E nunca mais pensei de novo.
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