Às vezes me perco em um vazio de solidão por amar tanto, e acabo sofrendo dentro de um terrível quarto escuro chorando e me lamentando a falta desse irresistível amor, ouço as vozes do meu coração que palpita e pulsa sem parar, posso ouvir os batimentos que querem dizer o eterno sofrimento da dor que me aflinge e ao mesmo tempo me apavora. De repente ouço meu coração enviar uma mensagem para meu cérebro:
- Porque amar dó tanto?
O choro começava a me corromper naquela calada da noite, e o que eu mais queria naquele momento era que tudo passasse, mais parecia um pesadelo que nunca mais ia ter fim. Então chegava até a me questionar.
- Será que isso não vai passar nunca? Será que é mesmo um pesadelo e logo mais eu acordarei?
Não conseguia chegar a nenhuma resposta, mais meus sentimentos estavam todos descontrolados e sem rumo para chegar a conclusão alguma, mais sentia acima de tudo uma coisa que me apavorava e fazia-me sentir ainda mais inútil. Ouço uma nova voz que vinha de dentro do meu interior, era meu coração que arrebatava para meu cérebro:
- Você não tem sentimentos? - Chorando falava.
O cérebro revidou:
- E você não pensa?
Uma verdadeira briga começava dentro de mim mesmo, e eu cada veaz mais sem saída alguma, só queria me ver livre de tudo o que me atormentava noite após noite.
Amanheceu, e fui marcar uma consulta com meu médico, entrei na sala afobado:
- Bom dia doutor! Ele me respondeu e já queria saber o que me aflingia.
Contei toda a história para meu médico que reagiu de uma forma estranha, me dizendo que a doença que tinha era amor, e que o meu choro e sofrimento era simplesmente por amar demais. Não entendi nada! Fiquei nervoso e disse que ele estava delirando e que eu precisava encontrar uma solução pra deixar este sentimento ir embora e deixar-me viver em paz.
Dias passaram e o tormento e amar aquela criatura que me abandonara me revoltava ainda mais, eu não conseguia imaginar minha vida no futuro sem beijar aqueles lábios vermelhos e ardentes que trazia um frescor na minha alma e um sentimento de paz. Pensei que minha vida seria sempre um vazio eterno e que nada me restaria a não ser acabar de vez com este sofrimento. Fui até meu quarto que ficara em um primeiro andar, andei depressa e descalço, subi na janela, olhei para baixo e pensei.
- Agora serei mais feliz, e a escuridão não me acompanhará! Atirei-me!
Hoje, estou aqui, um espírito cheio de amor pra dar, em busca da eterna felicidade, porque amar é querer o bem de todos. Um beijo!
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