As mãos que estiveram tão seguras
Se encontravam trêmulas sem razão.
As pupilas já não dilatavam,
Se afogavam no pranto.
As idéias que um dia foram sonhos
Ficaram de canto.
E os olhos que viam o impossível
Ficaram sem direção.
As pernas bambiavam.
Os lábios secos como pedra.
Os pensamentos falhavam
e a cada palavra,uma nova queda.
A mente entendia como sonho.
O sonho entendia que não mentes.
A verdade escassa,decepcionava.
E sua ilusão em abundância queria sempre.
A caneta em tom de drama.
E o tema presente era claro.
O frio era assíduo,o calor era raro.
Uma pureza decente que desapareceu em meio a tanta lama.
Via um ano em um dia.
Vi a tristeza na alegria.
Movia a dor na maior agonia.
Ouvia o som de uma boa partida.
Via cartas,um tom de despedida.
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