Chove maracujá aqui dentro,
Mas as borboletas insistem no café.
Teu timbre chacoalha as palavras,
As palavras que se tornam fumaça sem nem perceber.
Difícil é não me perder entre uma onda e outra,
Os mares que formam teu sorriso tiram toda a gravidade.
Ainda bem que tiram.
Meus pés gostam de dançar com os teus em meio aos campos estelares.
Já reparou no cheiro dos campos?
Já reparou no cheiro de sonho que eles têm?
Até o tempo perde a noção ao sentir tal aroma.
Ah, e o canto dos pássaros jamais se encerra.
Enquanto a liberdade atinge o arco-íris com teus lábios.
Marco histórico foi a bússola se perder,
A pobre era toda exata.
Grata ela é ao colorido da tua alma e ao aroma doce do teu ser,
Que causaram toda essa confusão.
Preto é cor, sim.
Entrou nessa categoria desde que seus acordes deram vida para as fotos dos jornais.
Não existe ausência desde que tuas folhas se mostraram.
Aliás, que tipo de mágica é essa?
Entender é difícil.
Minhas frases enjauladas foram pegas pelo céu,
Que as jogou nas montanhas do teu vale e tirou todos os cadeados das flores.
Parece que a morada da primavera nos teus braços se fixou,
Se fixou e não pretende se mudar.
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