Vem, te darei abrigo,
um teto para pendurar objetos
mentais que acumulaste,
fragmento de foguete,
de satélite uma haste,
um ovni discreto,
almas que vagam pelo espaço,
do corpo da humanidade um pedaço,
te darei as palavras que quiseres
para que escrevas o que na telha te deres,
argila para o vaso de tua água,
borracha analítica que apaga mágoas,
vem, darei sumiço em enganos e enguiços,
ninguém poderá dizer que com isso
escapaste de viver sua história na terra,
assim viverá com quem, um tuareg, erra
pelos confins deste lugar tão complexo
em busca da conexão perdida
com o perfeito nexo...
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