Teu riso, estampa de tua alma,
rouba-me os ouvidos;
leva-os aonde a silenciosa calma
ouve apenas ruídos...
Teu olhar, tela do teu espírito,
incendeia minha pele;
outro, diferente, me sinto,
nada há o que me revele...
Tua poesia, avesso do teu interior,
possui-me em fome devoradora;
dizem os que amam, isso é amor,
conquanto digo, palavras pastoras...
Tua essência, mais que olor, menos que perfume,
avança e domina minha floresta;
quem se entrega nem se perde em queixumes:
basta que batam palmas e tudo é festa...
|