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O grane caderno azul - XXII
R.N.Rodrigues



XXII

Manhã cedo de sábado no décimo oitavo dia de janeiro de 2014
06:10 - O corpo todo coça, esperando Antenor sai do banheiro. Professor já foi para o colégio. Minha cunhada prepara o café. Peço a Deus que é do emu lar tudo certo, que a Dona Rose, a gari simpática vaia buscar as suas grades e que tudo corra bem. Antenor sai do banheiro.

Mais tarde na mesma manhã de esperança - Não sei que horas são, deve ser umas dez horas. Tudo pronto a espera da Dona Rose que ficou combinado de passar por aqui as onze, quando terminasse o seu expediente. O forte odor de urina no fundo da oficina. Uma fomizinha enjoada corrói o meu estômago. Vitor Hugo e o seu magnifico romance "Notre-Dame de Paris" que releio em francês - j'ai deux livres de lui - "Les Miserables" et "Notre-Dame de Paris" - Il est un grand ecrivain.
Aguardo com ansiedade, lá em casa não tem nada, quando sai o congelador estava vazio e provavelmente... Inclusive atpe falei com o Capitão La Sierra para fazer o frete das grades no seu utilitário. Será que ela vem mesmo? Deus é quem sabe, eu aqui aguardo lendo pela segunda vez Vitor Hugo, esse genial romancista que Dickens tirava o chapéu e o visitou em uma de suas viagens a Paris, ficou impressionado pela suntuosidade do jantar e da bela residência dele.
11;30 - Nada e Dona rose, sem problema Deus é quem manda. O sobrinho de Seu Cardoso, o dono das grades que me acidentei apareceu e falou-me que deu tudo certo.
Para minha felicidade o filho de Dona Rose veio avisar-me para espera-la, que ela estava resolvendo uns problemas. Meu receio agora é não encontrar Capitão La Sierra. Deus é bom, louvado seja Ele, entrego tudo em vossa sagrada mão. Aleluia! Aleluia!

Tarde
Meio-dia e quarenta - Obrigado Senhor! Deu tudo certo, ganhei duzentos e vinte reais do pagamento das grades da simpática morena Gari Dona Rose.. Paguei vinte reais para o Capitão la Sierra pelo frete, vinte para o meu vizinho barbeiro Costa devia-lhe um corte e cabelo e barba. Cem reais para a minha cunhada ajudar nas despesas, guardei cinquenta para comprar os ferros e um livro. Comprei sabonete, três linguiças assadas e duas latas de cervejas. Sábado passado foi uma catástrofe , cai ralei a cara devido o excesso etílico.

Noite
18:30 - triste com a pequena Cossete na pousada dos Thenardier, um casal muito mal que a explora a pobre da menina de cinco anos, filha a sofredora Fantine que foi obrigada a deixa-la com esses malvados e foi tentar a vida em outra cidade. Emociono-me muito com essa triste narrativa do mestre Hugo em "Os Miseráveis" - muito tocante.
21:30 - meu filho apareceu e depois fui leva-lo a casa da mãe e na volta resolvi beber uma lata e depois mais outra - Mas agora no aconchego do meu lar, estou tranquilo e minha cunhada lamenta a sua triste situação com a traição do meu irmão


Biografia:
Sou ludovicense, serralheiro e adoro escrever. ja publiquei dois livros de poesias e agora estou publicando os meus poemas no site francês.
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Outros títulos do mesmo autor

Poesias Reflexão a meia luz R.N.Rodrigues

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