Há de um dia surgir, na primavera,
a flor mais exata já medida,
ninguém a tocará, nem as feras,
nascerá para dar a toda vida
o perfume da mais perfeita sensação,
sem reservas ou estranhamento,
alívio de estrecimento ao coração,
sem horas concebidas pelo tampo...
Ninguém de nós, hoje, estará por aqui,
nenhuma lembrança na parede do infinito,
só o olho que tudo vê a ver o que não vi,
o nascimento da perfeita criação,
fim do mito...
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