Eu estou perdida,
Em meio a escuridão.
Mesmo de dia não há luz
Como um soldado perdido sem família,
Vagueio sem direções nem destino.
As velas acesas se apagam,
A aurora boreal perdeu seu resplendor
Talvez não fosse minha culpa
Mais não me deixarei de me culpa.
A cama é minha sepultura
Minha alma acorrentada sob ela
Minha vida se putrificando,
A lua surge em seu altar
Com o desespero de acompanhante
Eles riem e dançam
Dentro de meu falido corpo.
Os meus olhos em sintonia com a dança,
Transborda em lágrimas gélidas,
Meu corpo se transforma em vidro frágil.
A solidão sem misericórdia
Vem como um cometa fora de sua orbita
Em direção a mim.
Sem perde tempo,
Joga do alto
Aquela magnifica arma atômica de destruição,
Como a bomba atirada em Hiroshima
Despedaça meu corpo
me transformando em pó.
A morte me abraça me dando as boas vindas,
E então eu consigo sorrir novamente.
Como iria temer a morte
Se é a vida que me matava?
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