DEVER SAGRADO
Chora de comoção o passaredo!
Já se cobre de negro a terra inteira!
Serás, festa do pobre, a derradeira,
Que esta família faz, com tanto medo!...
Ai, pobre humanidade; és um brinquedo,
Nas mãos da morte, cega e traiçoeira!
Há lágrimas ocultas na lareira…
Mesmo o porco, ao morrer, chora em segredo!
Porque lavamos nós, tão febrilmente,
O leito dum ser vivo e devorado,
Com este pranto, se ele vai morrer!?...
Ouve estes filhos, Pai de Céu, clemente,
Cumprindo um dever triste, mas sagrado!
Que o pai terreno, vivo, os possa ver!
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