Eu estava no pátio da escola, correndo para terminar um trabalho que valeria ponto. O céu estava triste e o Sol tímido. Fui para a biblioteca, pegar parte do trabalho e encontrei com você no corredor. Sua expressão era de desesperança, como se estivesse sozinho no mundo. Tive vontade de abraçá-lo, consolá-lo e dizer que tudo ficaria bem, mas estava muito ocupada, a nota das outras pessoas dependia de mim, não podia simplesmente parar, então continuei andando. A culpa e a sensação de incômodo tomaram conta de mim, eu precisava fazer alguma coisa, mas não naquela hora.
Peguei o que precisava e voltei pelo mesmo caminho, mas você não estava mais lá.
E então eu acordei, pensando em você, no seu olhar de desolação, e provavelmente sentindo a mesma coisa.
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