Deita-te e dorme, novamente é pedido.
Pois compreensão não encontrou;
Amigos não deram ouvido.
Então, parou frente a rosa que brotava; e que ainda escondia seu pólen e seu perfume.
Por isso, ainda não era tempo de dizer palavras.
Pois elas não fazem sentido algum para quem as ouvem.
E não chove mais; por isso você chora...
Palavras tentam justificar palavras.
Havia tempo em que o mel era doce. Mas esse tempo perdeu-se no horizonte.
Sentando-se a contemplar, ninguém mais soube; o que foi feito do mel que adoçava as tardes?
O mel desceu pela minha garganta. Misturou-se com o fel de meu fígado.
O mel tornou-se então amargo, e para que serve?
Percebe-se que o doce pouco dura, e se perde na amargura de meu corpo; fazendo-me andar sem rumo pelas ruas.
Nessas tristes tardes de inverno.
Venhas tu, amiga minha!
Caminhemos com o sereno tocando nosso rosto...
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