Siga algo,
nem que for um pássaro,
uma pista achada ao acaso,
um bilhete com um número escrito,
uma mancha de batom num guardanapo,
siga até as últimas vias de fato
alguma mensagem que não está à vista,
um avião que passa acelerado,
um ovni com seres desocupados,
vá até as últimas consequências
onde não vai a pobre ciência,
procure nas hortas orgânicas,
numa oficina mecânica,
não desista antes da hora,
suba num pé de amora
e espie a linha do horizonte,
pode ser que o vento te conte
onde está o que vives tanto a procurar
antes que te ache o que queres achar...
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