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Há maldade nossa de cada dia.
Inexistente
Edemir Oliveira Gomes

Há maldade nossa de cada dia.

Na movimentada avenida Campineira, que de amoras em amoreiras não se vê plantas e frutos, apenas uma densa camada de poluição e uma cor escura nas folhas das poucas árvores que lá existem, ou subsistem, maldade nossa de cada dia.

Lá vinha ela como todos os dias da semana em seu carro, atravessando semáforos e mais semáforos, intermináveis semáforos, necessários para o ordenamento do transito em uma metrópole ou em qualquer lugar transitável.

Em um desses ela parou a cor era vermelha, algo lhe chama a atenção, e, aproxima-se de sua janela lateral, ela com os braços á fora e, em seu pulso um relógio de ouro, herança de família, desses que passam de avôs para mães e de mãe para filha.

O medo toma conta ao ver se aproximar aquele ser um pouco maltrapilho desorganizadamente desajustado pelas políticas públicas mal distribuídas. (Maldade nossa de cada dia.)

E ao vê-lo se aproximar tenta tirar o braço e fechar os vidros, como se em um momento pudesse defender daquela suposta agressão. (Maldade nossa de cada dia).

-Tarde demais, não deu tempo.

O jovem que aproxima traz consigo um pano e um esguichador de águas e sem delongas, esguicha aquela água no vidro do para-brisa, e, em um movimento suave e ao mesmo tempo brusco pelo tempo escasso, limpa de um lado ao outro, uma pausa para um diálogo, breve dialogo, nada de violência, apenas; (A maldade nossa de cada dia)

Moça! pergunta ele, limpando o vidro: a quanto tempo essa aliança está em seu dedo?

-Responde ela, ainda assustada,17 anos!

Sete? entende ele!

Sim! Diz ela.

Querendo livrar-se logo das perguntas, da maldade nossa de cada dia.

Nossa! Exclama ele.

Deus que conserve assim, 7 anos é uma longa data para uma aliança estar no dedo, ainda, mais com uma pessoa tão bela como você,- disse ele.

-Obrigada! diz ela.

Não é isto o que temos visto por aí, os casamentos de hoje não duram nem 7 meses, quanto mais 7 anos - disse ele, e, novamente torna a dizer:Deus que abençoe você.

O sinal abre, uma moeda,para amenizar a maldade nossa de cada dia e, ele fica feliz.

No braço volta o relógio de ouro em seu dedo a aliança de 17 anos e não 7, como ele entenderá e, ela não interpôs, talvez, pelo medo da maldade nossa de cada dia, e, em seu coração uma benção deixada pelo maltrapilho.

Deus que abençoe moça; vai em paz, - diz ele.

O sinal abre, e lá vai ela.

Maldade nossa de cada dia.

Edmir Oliveira
Abçs.


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