Escrevo no céu, com estrelas, teu nome,
que vaga pelo infinito a brilhar a deuses;
eu cá, na terra que gira, vivo a desdita da fome
de ter-te junto a mim, quase sempre, à vezes...
Nem o mais esplêndido tesouro convencerá
um homem a viver para tê-lo em seus braços
se o mesmo homem já aprendeu que amará
o fino rosto da amada que já viu em traços
desenhados pela mão do pintor celeste,
gravado em púrpura em seu coração a bater
como cascos de ovelha em cena campestre...
Só o amor é tão louco para descer até nós
e se mesclar à carne que pulsa, viva de querer,
e se por a cantar idílios e romances em nossa voz...
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