Salmo 135 e o Prazer de Deus em tudo que Ele Faz
Por John Piper
Louvai ao Senhor! Louvai o nome do Senhor; louvai-o, servos do Senhor. Vós que assistis na Casa do Senhor, nos átrios da Casa do nosso Deus. Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom; cantai louvores ao seu nome, porque é agradável. Porque o Senhor escolheu para si a Jacó e a Israel, para seu tesouro peculiar. Porque eu conheço que o Senhor é grande e que o nosso Deus está acima de todos os deuses. Tudo o que o Senhor quis, ele o fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos.
O salmo começa nos chamando para louvar o Senhor: Louvai ao Senhor. Louvai o nome do Senhor. Então, começando no verso 3 o salmista nos dá razões pelas quais nós deveríamos sentir o louvor se erguendo em nossos corações em direção a Deus. Ele diz, por exemplo (verso 3), " Louvai ao Senhor, porque o Senhor é bom." A lista de razões para louvores continua até chegar no verso 6, e este é o verso no qual eu quero focar:
Tudo o que o Senhor quis, ele o fez,
nos céus e na terra,
nos mares e em todos os abismos.
Salmo 115:3 diz a mesma coisa:
Mas o nosso Deus está nos céus;
e faz tudo o que lhe apraz.
Sempre com liberdade, nunca obrigado.
Este verso ensina que seja quando for que Deus age, ele age de uma forma que agrada a ele. Deus nunca é obrigado a fazer algo que ele odeia. Ele nunca é posto num beco sem saída onde seu único recurso é fazer algo que ele odeia fazer. Ele faz o que lhe apraz. E portanto, em algum sentido, ele tem prazer em tudo que ele faz.
Estes textos e muitos outros deveriam nos levar a inclinar-nos diante de Deus e louvar sua liberdade soberana — que em algum sentido em última instância ele sempre age com liberdade, de acordo com seu próprio "bel-prazer," seguindo os princípios de seus próprios deleites.
Deus nunca se torna a vítima da circunstância. Ele nunca é forçado a uma situação onde ele deve fazer algo em que ele não se apraz. Ele nunca é enganado. Ele não é preso em armadilha nem encurralado nem coagido.
Uma Oferta de Cheiro Suave
Mesmo no ponto singular da história onde ele fez o que em um sentido foi a coisa mais dura para Deus de se fazer, "não poupar a seu próprio Filho" (Romanos 8:32), Deus estava em liberdade e fazendo o que lhe agradou. Paulo diz que o auto-sacrifício de Jesus na morte foi uma "oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave." (Efésios 5:2). O maior pecado e a mais grandiosa morte e o ato mais duro de Deus foi agradável ao Pai.
E em seu caminho para o Calvário Jesus mesmo tinha legiões ao seu dispor. "Ninguém tira a minha vida de mim; Eu de mim mesmo a dou" — de seu bel-prazer, pelo gozo que lhe estava proposto. No ponto singular da história do universo onde Jesus pareceu apanhado em armadilha, ele estava com controle total fazendo precisamente o que lhe agradou — morrer para justificar pecadores como você e eu.
Então permaneçamos em temor e maravilhados. E tremamos por saber que não apenas nossos louvores à soberania de Deus mas também nossa salvação através da morte de Cristo dependem disto: "Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz."
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