Transfiram-me os poderes da Física,
viajar no tempo, olhar por dentro
as estrelas que explodem no espaço,
deem-me a consciência biológica
do ser espacial, o que vive de braços
dados com Deus onipotente,
a possibilidade de resolver a equação
entre a vida e a morte,
recuperar, às minhas expensas,
o rumo do meu Norte,
algo que defina a mente tecnológica,
um computador que meça o fim,
que roa a corda entre a ignorância
e a luz da inteligência no hipotálamo,
deem-me a música do silêncio
e a energia da mágica
canção que Deus canta
enquanto dormimos em vã hipnose,
repudiados que fomos pelo Paraíso,
antes da evasão, muito calmo...
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