Desde que foi embora parece que a tendência do meu mundo é só desmoronar. De lá pra cá, as brigas com minha família, que aconteciam às vezes, parecem fazer parte da nossa rotina. Minha mãe, meio sem jeito, ainda pergunta por você. Na mesa, quando posta para qualquer refeição, ainda tem seu prato, o que me faz quase chorar sabendo que você não estará sentado à minha frente, me olhando, piscando, rindo à toa. Os meus irmãos mais novos, que você sabe bem o apego que têm por ti, todos os dias perguntam por você ou lembram-se de alguma brincadeira que fazia. Eles também quando vão pôr a mesa ainda perguntam se você vem e se trará refri.
Vishiii.. Você não sabe da maior. Acredita que até meu irmão mais velho perguntou. “Cadê o Fulano?”. Eu rapidamente, e totalmente sem graça, disse que você havia viajado, mas que logo estaria de volta. Olha que bobo eu, ainda imaginando que você voltará. Sabe, além dos meus irmãos e da minha mãe, as amigas da minha mãe, meus tios e uns primos também perguntam por ti. E a resposta é sempre a mesma. “Ele viajou”.
Sabe, as únicas pessoas que evitam perguntar, pois ainda sabem o quanto me dói falar, são meus amigos. Conhecem minha dor e por isso não tocam na minha ferida. Fora isso, pra mim, ainda é muito dolorido quando alguém pergunta. “E aí, tá solteiro?”. Perco-me ao responder. Por mim diria não e sairia correndo para os seus braços, onde eu acredito que seja o meu lugar e de onde nunca deveria ter saído.
Não serei hipócrita ao falar que ainda não recebi convites para sexo casual. Recebi sim e não foram poucos. Mas não consigo. Tenho certeza que ficarei comparando e você sabe o quanto nossa química é, ou era, não sei, incrível. O seu toque, o seu cheiro, o jeito que me conduz na cama, é tudo inexplicável.
Bom, não sei mais o que dizer. Algum tempo já se passou e eu nem sei se você tem outro alguém. Mas eu, ahhh.. Eu não consegui me envolver com ninguém. Não posso falar que vivo na esperança de um dia ainda te ter comigo, talvez eu tenha superado isso. Mas posso afirmar que não seria nada ruim caminhar ao seu lado novamente.
Onde, ou com quem quer que esteja, quero que seja feliz. Se sentir vontade de me procurar, não hesite. Mas se ainda achar “melhor não”, eu entenderei.
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