Por que juravas se tu mentias?
Minhas auroras se tornaram cada vez mais vazias.
Pendurei meu céu em seu vasto paraíso.
Quão grande meu tato tem de ser para saber onde piso.
Julgai-me de desprovida
Agora chorais na minha partida.
Tive que adornar meu calabouço de segredos.
para traçar em minha história novos enredos.
Pedi ajuda para um ancião despreparado.
me tornei então um cavaleiro juramentado.
Pedi que não houvesse um amanhã.
Então no fim, me tornei um deus de uma religião pagã.
Triste isso, não saberei.
Mas muitas vidas eu salvarei.
Para que não sejam apenas fúnebres almas.
Permearão no infinito sempre calmas.
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