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Começo - Testes.
Nada poderia doer mais em mim do que as imagens agora relembradas em mínimos detalhes por minha mente. Não era a dor física que contava – muito embora ela também fosse um dos motivos pelo qual eu odiaria lembrar-me desses terríveis momentos.
De malas prontas – algumas roupas minhas que minha mãe fazia questão que eu levasse em qualquer viagem –, eu sabia que aquele momento iria doer em mim profundamente, mas não sabia que a dor seria tão forte e dolorida assim.
Com lágrimas nos olhos, minha mãe veio despedir-se de mim, seus braços se abriram para um confortável abraço de mãe. Nós nos envolvemos tão forte em meio a nossos corpos que ficou difícil dispensar as lágrimas que antes faziam questão de ficarem excluídas no meu coração para serem expulsas mais tarde – o que não foi necessário, já que eu não consegui suprimi-las comigo agora.
- Promete que vai ganhar? – minha mãe pediu com muitas mais lágrimas escorrendo em seus olhos cor de mel.
- Mãe é só um teste. Mas vou tentar sair viva. – Infelizmente eu minto muito mal.
Á caminho dos testes eu estou muito apreensiva, já que meu talento ainda não foi descoberto, nem mesmo por mim.
Quando eu chego ao aeroporto posso ver nitidamente um garoto branco, seus olhos de uma cor clara e seus cabelos encaracolados olhando fixamente para mim. Então, despreocupadamente, ele vem andando em minha direção ate que chega muito perto de mim – meu corpo parece que congelou, mas que droga!
- Sou seu par nos testes, seremos treinados juntos! – Ele sussurra em meu ouvido e depois me dá um beijo no rosto.
Por puro instinto, raiva e vergonha, minhas forças são liberadas em instantes – dos quais, eu uso completamente. De repente eu sei o que fazer. Minha mão direita pressiona o tórax do garoto, ele imediatamente é lançado para um espelho gigante, quebrando-o todo e depois cai sobre os cacos de vidro.
Todos ficam me olhando incrédulos, como se eu tivesse acabado de matar uma pessoa e não apenas só ter provocado uns arranhões.
Eu simplesmente saio com sua mesma despreocupação e vou em direção a uma das inúmeras portas quando inesperadamente sou içada para cima e quando consigo ver, estou nas alturas com o garoto que mandei para os espelhos.
- Achou que poderia sair safa e não ter uma revanche? – ele perguntou, mas suas palavras não eram de quem queria uma rápida vingança.
Meu corpo involuntariamente se desprende com uma força inacreditável do garoto,
então eu sei o que eu quero. Eu quero uma
batalha. Aqui e agora.
- Vamos lutar então! – eu disse provocando-o.
- Nada de lutas antes dos testes! – uma voz autoritária murmurou. – Venham para aqui em baixo imediatamente.
Nós dois fomos, quando ambos estavam com os dois pés no chão o garoto se virou e me cumprimentou como se nada tivesse acontecido.
- Ah, eu sou o Ryan... Hã... até mais. – terminou.
Eu não sabia o que me esperava, mas uma lista imensa de competidores querendo minha cabeça, isso eu tinha certeza. Do meu lado esquerdo uma garota disse olhando fixamente para a outra que estava ao seu lado, palavras que agora indo de encontro com a razão das circunstancias eu as entendi completamente. Os testes iriam começar. Era vencer ou vencer. Não tínhamos outra opção. Ah, sim. Temos uma alternativa. A morte.
Continua;
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