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Começo do fim?
Lucas Oliveira de Lima

Resumo:
Essa é uma lenda, nada do que for descrito poderá ser levado em consideração totalmente, pois não podemos comprovar a veracidade dessa história, por isso aprecie a obra e o surgimento de sleepyhead.

Porciúncula, Interior do estado do Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2014
Uma cidade pequena e aconchegante, aonde os poucos visitantes ficam fascinados com o belo contato com a natureza que essa cidade proporciona, a população hospitaleira como mando o figurino de cidade pequena. Aqui todos se conhecem e a comunidade se ajuda sempre que podem, uma verdadeira família. Mas como toda cidade tem sua lenda local, a essa regra ela cumpre também. Um pouco afastado da cidade, mais ou menos 10 quilômetros, existe uma fazenda, bom, o que um dia já foi uma fazenda. Nessa fazenda Morava um casal de Idosos que eram queridíssimos por todos, pois sua propriedade era um ponto de lazer para a população. A fazenda era cortada por um rio bem nos fundos, por não terem filhos, eles permitiam que as crianças fossem se divertir e nadar no lago de vez em quando, a floresta atrás do riacho era praticamente intocada pelo homem, suas árvores lindas, como se fossem recém nascidas, com a folhagem bem verde, as frutas maduras, passarinhos cantando com toda a liberdade, a verdadeira beleza da natureza... Mas as coisas mudaram nos últimos 2 anos de vida do casal. A esposa um dia foi atravessar o rio como costumeiramente fazia, para colher futas e legumes frescos para fazer o almoço e janta, mas nesse dia nada de rotineiro aconteceu. Ao entrar um pouco na floresta e começar a pegar umas folhas de manjericão, ela ouviu um choro de criança dentro da floresta, preocupada com a pobre criança começou a seguir o som do choro, até que chegou numa clareira aonde avistou a criança, um bebê completamente nu, em cima de umas folhagem, como se improvisassem um berço para o bebê. Ao se aproximar para acudir a criança a vista dela escureceu, sua respiração ficou pesada como se ela tivesse corrido milhas, um calafrio percorreu sua espinha e ela desmaiou, 2 dias se passaram até a senhora recobrar a consciência, em estado catatônico. Em nenhum momento desde que acordou, ela parava de perguntar sobre o bebê na floresta, seu marido sempre com paciência e carinho, explicava que não tinha bebê algum la. Após se recuperar completamente (o que levou por volta de 3 dias) ela começou a reparar que seu marido parecia diferente, sempre assustado, alerta, ela perguntava mas ele sempre respondia "só não tenho dormido muito bem", não demorou muito para a esposa entender o que se passava. Na primeira noite lucida da Esposa ela não conseguiu dormir, nem ela nem o marido, pois quando fechavam os olhos tinham os piores pesadelos com aquele que eles chamavam de "aquele que nunca dorme". Durante esse período de 2 anos eles relatavam aos vizinhos que já não dormiam mais, passavam a noite encarando o "aquele que nunca dorme", que ficava em pé no fim do quarto fitando-os incessantemente, como se esperasse eles dormirem. Logo as coisas piorariam, eles sofriam constantemente com visões e aparições desse ser que sempre estava a espreita nos cantos escuros da casa, um dia eles tiveram coragem de descrever como ele se parecia e tudo que conseguiam dizer era "Ele é escuro como o céu noturno e seu olhos brancos como luz". Não demorou para a criatura passar a domina-los, em sonhos sempre dizendo coisas impronunciáveis. A sanidade desse pobre casal rapidamente foi embora, a esposa dizia que piratas vinham conversar com ela sobre a maravilha dos 7 mares, o marido não cuidava mais da plantação, pelo contrário, ele semeava o solo constantemente, exclamando: "Tenho que devolver tudo a ele, purificar a terra, purificar o solo", pronunciava em quanto derramava um veneno feito por ele, no solo. Finalmente a tragédia aconteceu, o marido, no estado máximo da sua esquizofrenia, se matou dizendo: "Está feito! consegui! agora ele se orgulha de mim! e vai me salvar!". Ao ouvir os gritos a esposa foi até a sala (junto com seus amigos piratas), aonde vislumbra os últimos suspiros de vida de seu amado marido. Ela não aguentou, entrando em estado de choque sentou na poltrona que ficava de frente para um espelho, espelho esse que refletia o cômodo todo, e ali permaneceu muda e imóvel. Hoje ela ainda vive naquela casa, os poucos que tiveram coragem de visita-la dizem que o lugar é amaldiçoado, seus cuidadores só vão botar o almoço a janta, trocar a fralda e fogem o mais rápido que dá do local. E todos os dias, durante o dia inteiro ela fica la, na mesma cadeira, na mesma posição, olhando para o mesmo espelho, sem pronunciar nenhuma palavra, com um olhar de medo, espanto, tristeza, como se esperasse algo ou alguém sair do espelho. O marido talvez? ou algo além?


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