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A Nova Vida De Anne.
Wellington Almeida

Resumo:
Inspirado no livro de Stephenie Meyer, Anne é uma vampira e sua eternidade está com os dias contados...

Eu não lembro muito bem da minha vida humana, apenas lembro-me do dia em que fui transformada nisso, nesse mostro bebedor de sangue. Algumas recordações são simplesmente apagadas da memória, como se fossem papéis inúteis, são simplesmente rasgados e jogados fora. Como disse, lembro-me do dia em que nasci para minha segunda vida.

Papai e eu estávamos voltando do cinema, felizes e distraídos. Contando e rindo de partes do filme que ambos haviam gostado. O David devia estar em algum canto super bem escondido. Eu não vi, é claro, ele se aproximar de mim. Ele primeiramente matou meu pai, e depois vendo que eu seria uma boa arma de batalha para ele, resolveu deixar-me viva ou em outras palavras ‘morta’. Transformou-me ali mesmo. Mordendo com exatidão a região do pescoço. Eu imediatamente caí, esperando que a dor enorme que eu estava sentindo diminuísse mais ela só aumentava cada vez mais. Nunca, em meus 16 anos de vida, senti uma dor tão profunda, parecia que eu teria que rasgar-me toda, puxando minha pele, tirando-a de mim, unhadas, gritos e um fogo que ardia incessantemente dentro de mim. Minhas veias pareciam vulcões em atividade, expelindo sua larva ardente, destruidora por todos os meus vasos sanguíneos.

Debatendo-me descontroladamente no chão, eu permanecia com a dor imensa, que não abrandava de modo algum. Meus olhos permaneciam na escuridão que os contemplava, fechados, presos, tentei abri-los mais foi uma atitude completamente inútil. A inconsciência que tentava os atingir era inimiga de dor pulsante em cada mínimo espaço de mim. Não me deixava dormir, descansar ou simplesmente morrer. Aos poucos, fui sentido o sangue dentro das minhas veias se solidificar, ficarem duros como aço, eu estava me transformando na criatura mais perigosa do mundo, meu coração ainda batia em um tom fraco, uma melodia secretamente sombria.

Depois da noite mais atordoante da minha vida humana, se passara três dias. E eu agora observava tudo e á todos através dos meus olhos vermelhos, assassinos. Esperava silenciosamente o anoitecer, deitada em um papelão em um prédio abandonado. É claro que eu estava 100% acordada, mais algo lá fora me amedrontava, e abrir os olhos não era uma opção agora. O barulho da vida humana era confuso, complicado de se entender, mais eu sabia que deveria simplesmente ficar aqui quieta até que estivesse na hora certa de caçar minha primeira vitima. Uma sede insuportável sondava-me e tentava-me á sair para caçar, á primeira caça. Eu não tinha aberto os olhos durante todos esses dias, mais sabia que lá fora se fazia noite, talvez até madrugada.
Pronto estava na hora do despertar, meus olhos lentamente se abrirão por definitivo para minha nova segunda vida. Correr era uma experiência incrível, eu podia dar uma volta na terra em um dia, por completo, talvez em horas, pouquíssimas horas. Mais, por enquanto, eu deveria satisfazer minha sede. Nos dias em que eu permanecia imóvel, parada como se estivesse congelada, ouvi David balbuciar algumas ordens nos meus ouvidos.

-Eu sei que você deve estar louca de sede, morta de vontade beber um sangue fresco. Mais se comporte, nos não devemos ser notados, nunca! Eu podia sentir um vento fraco na orelha direita, enquanto ela tagarelava, sem parar. O hálito de um assassino frio, e impecavelmente astuto.

–Apenas mate os humanos que não farão a menor falta se forem mortos, os nojentos... Mendigos, cafetões, ou prostitutas. Você decide desde que não seja notada.

Eu havia parado sobre a sombra de um velho prédio também abandonado, logo na rua próxima, estava rolando uma brincadeira entre rapazes aparentemente fortes. Eles estavam humilhando um pobre mendigo que pedira á eles um dinheiro pra comer algo. Serão eles mesmos! Eu disse á mim mesma determinada em acabar com a palhaçada que eu estava vendo. Em um pulo eu já estava na presença dos covardes rapazes.

-Por que vocês não vão procurar encrenca com alguém do tamanho de vocês? –eu disse mantendo meus olhos fitando os deles- Talvez por que seres humanos tão insignificantes quanto vocês não são nada, perto de outros ainda piores.

-Olha galera uma convidada especial, uma mocinha intrusa. –um deles disse, a ironia na voz era claramente notável- Vamos mostrar pra ela o que é ser homem!

Os cinco rapazes que permaneciam gargalhando da situação prepararam-se para atacar-me mais em uma só volta derrubei-os todos, atordoados e incrédulos eles fitavam-me com descrença.

-Gostei da brincadeira! –eu disse abrindo o meu já enferrujado sorriso. – Vamos continuar então.

Rapidamente todos viram que não estavam mexendo com uma simples moça humana, era mais do que isso, um demônio para eles, ou talvez, um anjo revestido da calorosa pele humana. O fato foi que todos correram mais eu os alcancei mesmo antes de eles virarem apavorados á esquina. Primeiro meti os dentes no mais velho, o gosto do seu sangue era divino, quente... Deliciosamente saboroso. Os outros foram mortos rapidamente e minha sede saciada por um breve espaço de tempo. Antes mesmo do amanhecer minha sede teria voltado ao que estava na noite anterior.



Biografia:
Meu nome é Wellington Almeida,nasci no estado de são paulo, mais fui criado no interior do Paraná. Onde com muito orgulho surge deliciosas histórias para entreter-me e me fazer flutuar nas maravilhosas facetas da escrita.
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