Atravessei luares
entre poeiras de estradas
que passaram por mim, que se não me
foram caminhos;
mas sim espectros de desertos,
e sombras desveladas em estiagens,
quando andavam pelos clarões das cheias
ou pelos os decrescentes
do eu.
Incontáveis noites,
quando o sono imperava sobre a prudência
e o cansaço me desfazia amparos ao olhar,
entravam pelas janelas por esquecimento
abertas;
quantas manhãs
batiam conta janelas veladas,
enquanto se secavam as brancas sombras,
molhadas pelas chuvas melancólicas,
aos chãos.
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