Essa saudade
Essa saudade que machuca minha vida,
E faz de mim o seu brinquedo preferido;
Tornando as horas e meus dias ressequido,
Qual andarilho no deserto sem guarida.
Essa saudade que se espraia dolorida,
Pelo meu ser como ladrão, quiçá bandido.
Tem nome certo, vem do amor do meu querido,
Quando se ausenta de meu lado, é sem medida.
Essa saudade dói demais é tão bandida!
E faz trapaça, faz pirraça, tira a calma,
E ainda por cima, sem piedade, espreme a alma.
Essa saudade no meu ser é qual cantiga,
Que se derrama e tão fagueira ela se espalma,
E faz chorar, também sorrir e bater palma.
Edith Lobato – 17/08/13
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