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Que manhã?
marilia betarello

Hoje nem mesmo o sol apareceu nesta manhã;
Céu escuro, sombrio, frio...
Nem mesmo os gatos saíram pra fora,
não quiseram ver a melancolia da desilusão.
Que mundo?
Nem mesmo os velhos apareceram nas portas de suas casas,
todos com medos das sombras.
Nem as crianças brincavam nas ruas,
nem mesmo os mais corajosos se atreviam.
Ali havia apenas uma alma;
Meio viva
meio morta.
Esperando a vida,
ou a morte.
Caminhava sozinha,
observando as pobres vidas,
que não possuem esperanças.
Ao morrerem suas almas caíram no abismo,
junto ao ópio distinto.
E esta que caminhava sozinha?
Ao longo de seu trajeto encontrará sua partida,
sua longevidade...
...seu infinito.


Este texto é administrado por: Marilia Betarello Ramalho
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