Cruzei a noite, silenciosa,
pensativa sobre o dia,
murmurou-me a alma consolada:
- A tormenta passou, agora sorria.
Vem comigo nesta manhã
sentir o perfume das trilhas
do jardim dos encantados
ali flui a vida, que maravilha.
Vem, vamos para a floresta,
na orla da mata cavalgar,
de mãos dadas, enamorados,
e com a alma a cantarolar.
O coração está liberto
dos laços que o prendiam
livre, solto, qual potro azul
a voar nas pradarias.
E na cúpula azul do céu
voemos juntos, anjos alados,
livres da dor e da culpa,
de que amar seria pecado.
Vem, meu anjo, agora é a hora
tão esperada, a hora dileta,
de cantar ao mundo o belo amor,
que sentem a musa e o poeta.
Dedico esse poema à todos poetas e poetisas que fazem de nosso mundo, nossa vida, uma doce poesia.
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