Sinto-me tal qual uma jangada
a deslizar suavemente
no remanso do rio.
Seu corpo se reflete no espelho d`água
e tanto a jangada como sua imagem
fundem-se numa só.
E desliza a jangada,
deixando-se levar
pela brisa suave
que sopra vindo do norte.
Ouve-se somente
o som dos pássaros
e os sussurros da natureza
à beira do rio.
O sol, avermelhado de calor,
arde e queima
na madeira da jangada.
Toda ela envolvida
pelos braços do sol,
se deixa conduzir
para o mundo colorido
e cheio de luzes do entardecer.
Onde serena e feliz
adormecerá embalada
pela melodia que brota
da vaga floresta
e acalentada pelo calor
provindo do sol,
o astro-rei do universo
de luzes.
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