O fim do meu mundo sou eu.
Talvez do tamanho
de um coração amargurado,
mas sou eu.
Profundo, tão profundo,
como as águas do oceano.
Quem mergulhar ali
poderá nunca mais voltar.
O fim do meu mundo sou eu.
Acabo em mim.
Tomada de sol
e de sua luminosidade,
mas acabo em mim.
Os caminhos que levam
para o fim do meu mundo
não possuem endereço
registrado.
Para chegar lá,
precisa passar por mim.
Navegar em meu espírito.
E ali as águas são turvas,
perigosas
e avassaladoras.
Quem se aventuraria
se até eu tenho receio?
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