Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Pantera
Edwanya Simplicyo

Resumo:
Vagava pelas ruas de uma pequena cidade uma cadelinha vira lata. Um dia,uma senhora abriu as portas para ela entrar, no entanto, ela caminhou devagar como se hesitasse por um segundo...a prisão mata tanto quanto a fome.

Vagava pelas ruas de uma pequena cidade uma cadelinha vira lata. Um filhote solitário e faminto. As costelas aparentes e o olhar triste. Quando alguém a cumprimentava, agitava feliz a calda e se recebesse broncas abaixava as orelhas, saía devagar olhando triste para trás. Pantera era longa e fina, o pelo negro fosco, olhos grandes e cintilantes. Rondava timidamente as casas e as pessoas, talvez como se procurasse uma família que lhe cuidasse com amor. Um dia ela encontrou. Uma senhora abriu as portas para ela entrar, no entanto, ela caminhou devagar como se hesitasse por um segundo.
Chegou ao quintal onde lhe esperavam um prato de comida, um de água, uma sombra bem fresca e uma coleira. Uma coleira que a impediria de correr, de afrontar os passarinhos da rua, de ser livre. Talvez agora esteja explicado o motivo pelo qual ela havia hesitado antes. Ela teria afeto e alimento, mas, em troca perderia a liberdade. A prisão mata tanto quanto a fome. E ela não era totalmente feliz. Ficava horas olhando a rua através das grades que se erguiam além da sua altura, pôr as patas para fora era impossível agora. Respondia a latidos, agitava-se diante o metal cinza querendo sair. Por fim, voltava para a sombra, deitava e dormia. E quando finalmente a dona lhe concedia um passeio, corria como se nunca houvesse feito antes.


Biografia:
Edwanya Simplicyo
Número de vezes que este texto foi lido: 60485


Outros títulos do mesmo autor

Cartas Um passado distante Edwanya Simplicyo

Páginas: Primeira Anterior

Publicações de número 11 até 11 de um total de 11.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
Viver! - Machado de Assis 60961 Visitas
Sobre Paulo Coelho - Flora Fernweh 60955 Visitas
Previsões Mega da Virada - Flora Fernweh 60953 Visitas
O pseudodemocrático prêmio literário Portugal Telecom - R.Roldan-Roldan 60949 Visitas
LUZ DE NEON: POESIA VISUAL - Tânia Du Bois 60943 Visitas
O nascimento da poesia - Flora Fernweh 60941 Visitas
PARA ONDE FORAM OS ESPÍRITOS DOS DINOSSAUROS? - Henrique Pompilio de Araujo 60938 Visitas
Hoje - Waly Salomão (in memorian) 60930 Visitas
A verdade sobre o amor - Flora Fernweh 60927 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 60927 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última