Gira a vida em descompasso
passo a passo sigo só,
ao encontro da engrenagem
levando a vida sem dó;
A vida que faz ferida
ferida que fere a dor
a dor que já é doida
por ser uma dor de amor;
Gira a vida em descompasso
com o tempo vai ceifando
os galhos ja alquebrados,
que na vida vou levando;
Gira o giro do mundo
em noite-sol, dia-lua,
dei dia estrelas cadentes,
a noite o sol, terra nua;
A dor que fere a saudade
saudade que fere a dor
no descompasso do tempo
gira o mundo e nasce o amor;
Engrena então a vida
em peças já ordenadas,
cura-se as dores do tempo,
encontra-se outra estrada;
De dia brilha o sol,
a noite brilha a lua,
a dor ja não mais existe,
a estrada continua;
Dentro da mesma engrenagem,
as peças do imaginar,
colocam-se em movimento,
pro giro continuar.
|