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Mistério da Pessoa de Cristo – Parte 1
John Owen

Declaração do Glorioso Mistério da Pessoa de Cristo – Parte 1

É uma grande promessa sobre a pessoa de Cristo, o modo como ele foi dado à igreja, (“porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu”, Isaías 9.6) de quem Deus disse: “Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge.” Isaías 28.16. Também foi anunciado a respeito dele, que esse fundamento precioso deveria ser "pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém. Muitos dentre eles tropeçarão e cairão, serão quebrantados, enlaçados e presos.”, Isaías 8.14,15. De acordo com esta promessa e predição, para todas as épocas da igreja, o apóstolo Pedro declara a respeito da primeira delas, "Portanto", diz ele, “isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado. Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, a pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.”, I Pedro 2.6-8.
Para os que creem nele para a salvação da alma, ele é sempre precioso; o sol, a rocha, a vida, o pão de suas almas, cada coisa que é boa, útil, amável, desejável aqui ou até a eternidade.
Nele, dele e por ele, é toda a sua vida espiritual e eterna, luz, poder, crescimento, consolo e alegria aqui; com a salvação eterna a seguir. Por ele somente é feito o que eles desejam, esperam, e obtêm a libertação daquela terrível apostasia de Deus, que é acompanhada de tudo o que é mau, nocivo e destrutivo de nossa natureza, e que, sem alívio, conduzirá a uma miséria eterna. Por ele, eles são trazidos a um conhecimento mais próximo, a uma aliança e amizade com Deus, e a mais firme união com ele, e a mais santa comunhão com ele, que nossas naturezas finitas são capazes de ter, e assim serão conduzidos ao eterno gozo que procede dele.
Pois nele “toda a descendência de Israel será justificada, e se gloriará”, Isaías 45.25. Porque "Israel, porém, será salvo pelo SENHOR com salvação eterna; não sereis envergonhados, nem confundidos em toda a eternidade.”, Isaías 45.17.
Nestas e em outras passagens similares, o principal propósito de todas as suas vidas naquele que é assim tão precioso, é o de se familiarizarem com ele, o mistério da sabedoria, da graça e do amor de Deus, em sua pessoa e mediação, como revelou a nós nas Escrituras, que é vida eterna, João 17.3; a confiarem nele, e viverem nele, com tudo o mais que é eterno e que se refere às suas almas, para amá-lo e honrá-lo de todo o coração, esforçando-se para serem conformados a ele, em todos aqueles caracteres da bondade e santidade divinas, que são implantados neles, por meio dele. Nestas coisas consistem a alma, a vida, o poder, a beleza e a eficácia da religião cristã, sem o que, quaisquer que sejam os ornamentos exteriores serão inúteis, uma carcaça sem vida.
A totalidade deste desígnio é expressada naquelas palavras celestiais do apóstolo, Fp 3.8-12: "Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus.”
Esta é uma expressão divina daquela estrutura de coração, daquele desígnio que é predominante e eficaz naqueles para os quais Cristo é precioso.
Mas, por outro lado, de acordo com a previsão mencionada, como ele tem sido um fundamento para todos os que creem, por isso, ele tem de igual modo sido uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, para todos os que tropeçam na Palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos. Não há nada neles, não há nada que se relacione a ele, nada dele, sua pessoa, sua natureza, seu ofício, sua graça, seu amor, seu poder, sua autoridade, sua relação com a igreja, sendo assim para muitos uma pedra de tropeço e rocha de escândalo. A respeito destas coisas têm sido todas as lamentáveis contestações, expressadas e criadas por aqueles que têm feito uma profissão externa da religião cristã. E esta oposição ao Senhor Jesus Cristo nestas coisas por homens de mentes perversas, tem arruinado as suas próprias vidas, bem como têm sido feitos em pedaços contra esta rocha eterna; por isso em conjunto com outros desejos e interesses das mentes carnais dos homens, o mundo tem sido enchido com sangue e confusão.
A reentronização - da pessoa, do espírito, da graça e da autoridade de Cristo, nos corações e nas consciências dos homens, é o único caminho é a única maneira de se colocar um ponto um final nesses lamentáveis conflitos. Mas isso não é para ser esperado em qualquer grau de perfeição, entre aqueles que tropeçam nesta pedra de escândalo, para o que eles foram postos.
É no reconhecimento da verdade que concerne a essas coisas, que consiste a fé de um modo especial, e isto foi a vida e a glória da igreja primitiva, a qual eles fervorosamente defenderam, na qual e pela qual eles foram vitoriosos contra todas as formas de tropeços do adversários, pelos quais foram agredidos.
Ao darem testemunho, não amaram as suas vidas até a morte, mas derramaram o seu sangue como água, sob todas as perseguições pagãs, que não tinham outro propósito, senão o de lançá-los para baixo e separá-los desta rocha inexpugnável, este fundamento precioso. Na defesa dessas verdades fizeram orações, estudos, e escritos, contra os enxames de sedutores aos quais eles se opuseram.
(Desta parte em diante, John Owen faz uma apresentação sucinta de cada capítulo deste tratado – nota do tradutor).


Este texto é administrado por: Silvio Dutra
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